Somos devedores de nós mesmos
por termos matado na raiz nossos desejos,
vítimas silentes dos próprios medos,
sem coragem pra enfrentar os próprios segredos.
Somos devedores de nós mesmos
sem coragem para nos encarar
justos quando nossos piores medos
vêm silenciosamente nos cobrar.
Somos devedores de nós mesmos
sem um traço de coragem ou lampejos
para nos levantarmos e cobrar
tudo que deixamos de ser, nossos desejos,
temos tempo pra nos revolucionar
mas, gastamos-o apenas a lamentar.
Devedores de nós mesmos
Evaristo, Mauro Antonio.
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GRATIDÃO
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