quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Vale suave



Amo todas as suas delicadezas,
da mais óbvia a mais complexa,
na suavidade das saboneteiras
ao êxtase no Vale suave do Delta.
Amo o que sinto que você não fala,
o perfume que ao sair do banho exala,
os mistérios dos seus suaves ais,
o fim de tudo quando adormece em paz.

Amo os detalhes que em público se cala,
o sabor hortelã que sorvo em sua fala,
o doce enlevo com que se entrega,
as unhas que as costas me rasga,
quando cansados a gente se embriaga
e sigo perdido no Vale suave do Delta.

Vale suave
Evaristo, Mauro Antonio.
F/feradapoesia
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