domingo, 23 de setembro de 2018

Cego



Sou um, trinta, trezentos, mil,
Aquele que parte de um se torna o todo,
Poeira astral iluminando o anil,
Menino brincando de pega bobo! 

Sou tantos de todos e de nenhum,
Verme astral no planeta,
Solitário no que pra todos e comum,
Menino brincando de pega vareta!

Sou talvez o etéreo na efemeridade,
O vinho whisky curtido por longevidade,
O Amor que de tanto Amor nada tem pra si,

Sou o pulsar de um quasar na relatividade, 
O ser que só quer ser feliz
E não vê a felicidade frente ao próprio nariz!

Cego
Mauro Antonio Evaristo
#frutosdapoesia
#eusoumeraki

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