Na contramão

Na contramão 

Mauro Antonio 

Mesmo tantos fatores contra

O mundo é daquele que sonha,

Daquele que sempre em si vivifica 

O valor melhor da vida.

Mesmo indo na contramão 

A vida glorifica os que têm boa intenção

A esses ela até que de propósito 

Permite-os mais pelo próximo.

Mesmo com tantos quiproquós,

Os egoístas que sempre estão sós,

Cada um se ferrando com os próprios B.O.s

A vida sempre encontra um jeito

De ampliar a luz que pulsa em cada peito

Pois, os que amam tem a Deus como espelho.

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Goela abaixo

Goela abaixo 

Mauro Antonio 

Entre impostos, taxas e dízimos

Só a classe trabalhadora vai ao sacrifício

Sem mérito ou respeito algum

Perdendo a saúde mental na escala 6X1.

Entre bispo, coache, influencer e político

A enganação rola goela abaixo geral

Enquanto que o tigrinho produz novos ricos

Nas costas dos que desesperam total.

Na realidade resta apenas saber

Se os que usam o nome de Deus a bel prazer

Um dia serão pegos pela justiça

Pois, é lugar comum fazerem o povo sofrer

Pra alimentar tanta cobiça

Pois, os justos de bolso cheio o mal justifica.

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Tosquiador

Tosquiador 

Mauro Antonio 

Enquanto se sacrifica o incauto,

Refém silente da escala 6X1 

O tosquiador lhe toma de assalto

Até o farelo do seu desjejum.

Enquanto aplaude o cântico, o hino

O velhaco exige muito mais que o dízimo

Exige dedicação e sacrifício 

Não a Deus mas, ao próprio desígnio.

Enquanto o bravo nobre trabalhador 

Entrega corpo, saúde, lucidez e valor

O nobre bom caráter tosquiador

Não deixa que ninguém perceba

Que usando nome, valores e igreja

Que protege porque vai devorar a ovelha.

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Rio congelado

Rio congelado 

Mauro Antonio 

O amanhã de ontem 

É o ontem de amanhã 

Traz a docilidade do horizonte,

A brilhante estrela de Aldebaran.

O tempo é um rio congelado

Onde deslizamos lado a lado,

Aquele que decide tem o que persegue

Mas, os que vacilam um mal engrandece.

Os agentes do tempo

Não anulam sentimentos 

De quem viveu a história,

Só quem sentiu o momento

Sabe e guarda a emoção na memória,

Nada apaga essa hora.

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Bom Amigo

Bom Amigo 

Mauro Antonio 

Desde que você se foi

Levando a base do sonho de dois

Alguma coisa mudou em mim

Larguei o desnecessário, deixei de pantim.

Encontrei meu jeito de ser,

Mudei perspectiva e o olhar,

A vida agora tem leveza no rolar,

Entendi o inevitável quanto acontecer.

Peguei o Livro este bom Amigo

Que libertou o eu de mim

Sem meio termos, concessões, pantins,

Pós lutas, dentes quebrados com sorriso

Seguirei até onde me for preciso

Fechei com Deus e comigo até o fim.

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Sim, o Livro

Sim, o Livro 

Mauro Antonio 

Antes de agitar a monotonia

Com as mentiras do dia a dia,

Antes de se dependurar as tecnologias 

Com falsas promessas de alegria;

Antes do desgaste natural da política

Perder conhecidos, vizinhos, família,

Antes de partir pra ignorância,

Perder a fé, saúde, esperança

Lembre-se que já está na terra

O Livro que finaliza toda guerra

E pode ser degustado em qualquer canto

Esteja no Casaquistão ou Genebra 

O estudo deste Livro acaba dor e pranto

Leia o Livro Universo em desencanto.

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Minha vida emocional

Minha vida emocional 

Mauro Antonio 

A minha vida emocional 

Está focada na reciprocidade 

Quem me vê eu vejo por igual 

Quem não sem nenhuma proximidade.

Aprendi a me blindar a mente

De inúteis gatilhos emocionais 

Quem a si faz me faz contente

Quem não tudo bem até mais.

A minha vida emocional 

Prioriza respeito a meu igual

E assim tento seguir no equilíbrio

Que me leva ao bem viver natural

Tendo por valor e desígnio

O desenvolver do raciocínio.

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Vagas emoções

Vagas emoções 

Mauro Antonio 

Vagando comigo e meus botões

Na certeza incerta de vagas emoções 

Digo a mim que é só mais um dia 

Entre eu, Deus e a poesia.

Pobre de quem acreditar

Nesses homens de deus a pregar

Aquilo que não vivem a praticar,

Vendilhões do templo e do falar.

Vagando comigo e meus botões 

Na certeza incerta de vagas emoções 

Vejo muitos a de perderem no caminho 

Gastando sem ter milhares de milhões 

A colher ramos de dores e espinhos,

Luta árdua dos que vencem sozinhos.

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Futuro incerto

Futuro incerto 

Mauro Antonio 

Não é um adeus é um até logo

Só que nossa percepção espaço/tempo

Afeta muito nosso pouco entendimento 

E faz a espera ser tudo ilógico.

Não é um adeus é um até breve

Por certo a gente vai se encontrar,

O primeiro espera o outro chegar

Seja terra do fogo ou região de neve.

Hoje sei que não foi um adeus

Foi um até qualquer dia 

Até lá tenho o ar, a poesia,

Os bons momentos que a gente viveu,

O dinossauro que na caverna apareceu,

O futuro incerto é nossa garantia.

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Papel avulso

Papel avulso

Mauro Antonio 

Palavras desconexas

Em um pedaço de papel qualquer,

Trânsito parado, que pressa,

Rádio ligado, mercadores da fé.

Palavras a esmo em papel avulso

Não vêem que ainda pulsa o pulso,

Homens matam e se matam por nada,

A humanidade por si própria condenada.

Igrejas, casas de orações, casamatas,

A ferocidade travestida faz seu trottoir,

Se conseguir sobreviver verá 

Que essa tal felicidade desejada

Precisa ser protegida a mão amada

Para que haja amor pra recomeçar.

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Doçura do olhar

Na doçura do olhar

Mauro Antonio 

Ela sempre soube o que falar

Nos momentos mais precisos,

Dizia muito na doçura do olhar,

Amenizava a dor com um sorriso.

Ela tinha o dom de chegar

Nos instantes bem doídos,

Seu perfume adocicava o ar,

Aliviava dores com seu sorriso.

Ela dizia muito sem nada falar,

Parava o mundo pra me escutar

Nos minutos tristes e doloridos,

Tinha o poder de me acalmar

Nos segundos mais que perdidos,

Privilégio meu ela ter estado comigo.

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O dono do poder

O dono do poder

Mauro Antonio 

Ela se vê indecisa a gostar de mim

(Fita no pulso do Senhor do Bonfim),

O café a preço de ouro

(Quantos querem arrancar nosso couro?).

Fita no pulso do Senhor do Bonfim 

Diz-me entender vida para viver

Queria eu com ela ser

Mas, nem sempre tem flores no jardim.

O dono do poder não se importa 

Com homens, mulheres, crianças mortas

Faz tudo pra ter poder pelo poder,

Dizima vidas, fecha portas

E tudo o mais que puder ter

Mais um dia em sua tosca mania de ser.

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Curva da vida

Curva da vida

Mauro Antonio

Mais uma curva da vida

Essa saudade gostosa e espremida,

Um viver sem benefício algum

Contra o peso pesado da escala 6X1.

De repente do nada muda o assunto

Penso em Deus, paro, olho e me pergunto

Pra que tanto em dor e penar

Se todos se destinam ao mesmo lugar?

A vida não é só pagar os boletos

Dos benefícios que bem os mereço

Nesse longo, rápido, demorado penar

Mas, pega a visão, a tudo agradeço 

Mesmo as vezes a me contrariar 

Porque bem viver é uma mudança de olhar.

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Filtro

Filtro

Mauro Antonio 

No céu fenômenos, OVNIs, drones

No celular assistindo a Identidade Bourne 

No som do vizinho Belchior alembra demais

Do tempo que haviam galos, noites e quintais.

A playlist do vizinho pula pra Zé Ramalho,

Já em Paris Jason Bourne dirige apressado,

Autoridades afirmam que OVNIs são balões

Seguras por ocultarem informações.

Enquanto liquidifico tudo entre os sentidos 

A mansa chuva lá fora mexe comigo 

Ao ver tanta mentira que estão a postar

E tento ver ao joio um pouco de trigo,

Jason e Marie no quarto a conversar,

Felicito-me pelo soneto ao terminar.

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Coração vazio

Coração vazio

Mauro Antonio 

A ideia era sermos felizes juntos 

Mas, começamos a pensar diferente

Você me viu como atraso seguiu em frente

Pequenos problemas cresceram muito.

A ideia era um ao outro agradar,

A tal da agenda ditou seu caminhar

Compromissos e sonhos a realizar

E eu virei a trava de sua nave voar.

A ideia era um ser suporte ao outro

A tal da agenda não deixava por pouco

E em seu universo não cabia a mim ficar,

A roda de sonhos triturou até o osso

Dizem até que já falou em me procurar,

Meu coração vazio pra você não tem lugar.

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Das mágoas

Das mágoas 

Mauro Antonio 

Das mágoas inevitáveis que se carrega

É peso demais que se entrega

O melhor em fazer é se perdoar

De resto o resto deixa pra lá.

Das mágoas que ao peito condensa

Pesa e dói até o que se pensa

O melhor em fazer é se perdoar 

De resto o resto deixa pra lá.

Das mágoas que a alma envenena

Bom mesmo é seguir a vibe deste poema

Seguir em paz a si perdoar

Boca fechada não cria contendas 

Seguir em segurança de se perdoar

De resto o resto deixa pra lá.

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Indriso - Versos imprecisos

Versos imprecisos 

Mauro Antonio

Nem sempre se vê o que lhe dói 

A degradação corrupta de um herói,

A maldade humana que tudo corrói.

Não é sempre que vê o que lhe afeta

Os versos imprecisos de um poeta,

A perspectiva imparável de um atleta.

É tão raro entender o inconsciente 

Que em sutileza afeta nossa mente.

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O escravo moderno

O escravo moderno

Mauro Antonio 

O escravo moderno doméstico

Inconsciente da própria escravidão 

As falas do dono é o seu refrão,

Pra ele ser livre é um sacrilégio.

Os muitos que reinvindicam valores

Ele os vê como traidores

Porque não vê mal algum 

Na escala seis por um.

Pra ele é de muito bom tom

Meta batida ganhar um bombom

E se revolta com quem se revolta,

Vê como benção o dono abrir as portas

Agora se por acaso o dono adoece

Ele por dentro se entristece.

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Meu bloco de notas

Meu bloco de notas 

Mauro Antonio 

O meu bloco de notas

Guarda as ideias do porvir,

Expectativas de vê-la sorrir,

Dimensões planetárias, outras portas.

O meu bloco de notas

Registra o amor que chegará,

A luz de uma nave interestelar,

Novos caminhos, outras rotas.

O meu bloco de notas

Traça traços do que me importa,

Minha juventude energética,

Sonho que na mente brota,

Minha memória RAM poética

Cravando no papel a linha eterna.

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A tal promoção

A tal promoção 

Mauro Antonio 

Convicto que era da meritocracia

Dissertava sobre ela todo dia,

Citava chatos discursos com um sorriso,

Apontava longos artigos.

Surgiu uma promoção na empresa 

Seu perfil o qualificava com certeza,

Dizia a todos com ar sacerdotal 

Ser o seu ápice profissional.

O viver antes de matar humilha

Algumas certezas que o nada edifica

E como todos foi pego de supetão

Pois, a vaga que ele reinvindica 

A tal sonhada promoção

Foi dada ao sobrinho do patrão.

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Péssima mania

Péssima mania 

Mauro Antonio 

A gente passa pano sem medo

Por aqueles que a gente ama 

Seja a roubalheira de um governo 

Ou os abusos do dalai lama.

A gente ignora os pecados

Daqueles que a gente gosta

Seja um ídolo do proletário 

Ou celebridade inescrupulosa.

A gente tem essa péssima mania

De levar, relevar no nosso dia a dia

Justificar os que a gente ama

Seja a estrela com cleptomania 

Ou os vícios do dalai lama

Qualquer espúria que navegue na fama.

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Nobre sentimento

Nobre sentimento 

Mauro Antonio 

Vai ser difícil não impossível 

Tudo é fácil se é crível

E eu mal acostumado a realizar

Aquilo que me ponho a sonhar,

Eu, meu bloco de papel e caneta

Três aliados na incerteza 

De um mundo cheio de imprevistos 

Enquanto sou grato além do permitido.

O tempo é um rio congelado

Sobre o qual não ficamos parados

Nos movendo ao sabor dos ventos

Uns sós outros acompanhados

Em busca de um nobre sentimento

Que evolua o próprio pensamento.

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Homens e livros

Homens e livros

Mauro Antonio 

(Citando Monteiro Lobato)

A verdade que se evita encontrar

Na vida sempre faltará

E em volta qualquer um verá

O mal que a si mesmo está a causar.

Assim que você se dispuser a ler

Muitas coisas passará a entender

Evitando pra si e outros o sofrer

E maravilhas começará perceber.

Logo que passe a apreciar a ler

Muito, muito vai compreender 

Porque um país é feito de homens e livros

Diferente da maioria vai entender

Que se a ignorância é um perigo

Ser ignoto faz de si seu próprio inimigo.

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Mal sutil

Mal sutil

Mauro Antonio 

Barata, rato, cobra e escorpião 

No seu habitat não causam mal algum

Já o perigo constante é a escala 6X1 

Tritura corpo, mente e coração.

Qualquer que seja o ser vivo

Que represente a outros perigo

Não é mais letal a vida 

Que a brasileira classe política.

Saiba, ó principe, que antes do grande reset 

Travava-se guerras épicas via internet 

Prejudiciais ao conceito de vida,

A maldade sutil se percebe

E ela está (de qualquer um) bem a vista

É a decantada brasileira classe política.

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Titular

Titular

Mauro Antonio 

Inevitável mas, avisei que ia dar poema

Quem não aprende se prende, se repreende,

Abra sua mente, não seja a si inconsequente,

Por maior dificuldade aprenda.

A única coisa que ninguém tira de você

É o conhecimento que se propõe aprender

Isso sim vai lhe acompanhar 

Não importa tempo nem lugar.

Pessoas boas estão em sofrimento 

Porque não buscaram conhecimento,

Aproveite, sempre dá tempo de aprender,

Seja titular de seus merecimentos

Busque algo novo para melhorar o viver

Conhecimento ninguém tira de você.

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Plural

Plural

Mauro Antonio 

Repórteres consagrados,

Primeiras damas e chefes de estado

Têm por característica comum

Não dão a mínima aos que sofrem na 6X1.

Tem eles também uma curiosidade

Que deixam transparecer entre as nações

Afirmam com sabedoria e propriedade 

Que o plural de cidadão é "cidadões".

Chefes de autarquias e outros

De saber raro como poucos

Também se repetem em vários refrões 

Ignoram que as escolas no sufoco

Professores repetem zil vezes as lições 

Que plural de cidadão nunca foi "cidadões".

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O dia deles

O dia deles

Mauro Antonio 

Esses e essas que falam em nome de Deus 

Usando de artifícios pra enganarem os seus

Os que só conjugam o verbo arrecadar

Esquecem que o dia deles chegará.

Esses e essas, terroristas da arrecadação 

Podem esconderem de si jamais de Deus

E de golpe em golpe desrespeitam os seus

Aguardem que os dias da ira chegarão.

Esses e essas, acharcadores digitais

Enganam espertos, incautos e outros mais

Dizendo quem vem de Deus tanto enricar

Não vêem ruirem os seus pedestais

E muito nesta terra terão o que chorar

Porque inevitável o dia deles chegará.

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Sangue de barata

Sangue de barata

Mauro Antonio 

Não me ofendo facilmente 

Até porque CLT trabalho no comércio

E é preciso cuidar e bem da mente

Sempre tem um que se acha martelo.

Não levo desaforo pra casa

Quem quiser que brigue consigo

Pois, a mim sempre resta um motivo

Pra relevar pessoas mau humoradas.

Tenho o famoso sangue de barata

Consigo relevar gente chata

Até porque não as levo na mente

Tenho por orientação boas palavras

Que digo a mim todo contente

Senão seria tolo tanto quem ofende.

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Mãe de todas as invenções

Mãe de todas as invenções 

Mauro Antonio

A necessidade é a mãe de todas as invenções 

Quem não precisa não procura

Válido pra quaisquer situações 

Preparo, profissionalismo ou cultura.

Quem está de estômago cheio,

Alma acomodada, zona de conforto

Sequer ver que é um vivo-morto

Logo, não vê os perigo sequer tem medos.

Os poucos que mudam dentro de si

Sabem o quanto foi necessário mudar

Pois, mais perigoso é não se movimentar 

Porque os ventos que trazem o evoluir

Têm por imperativo o ser feliz,

A impermanência não dá ouvidos ao lamentar.

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Sorriso nos olhos

Sorriso nos olhos

Mauro Antonio 

Todos os dias merecem nossa alegria

Assim faremos a nós mais harmonia,

Apesar dos pesares é melhor ser alegre

Sem humores pessimistas via internet.

Deixe-se contagiar nos fluidos da alegria

Mesmo que a você pareça difícil

Basta ter nos olhos aquele sorriso

Dos que fazem o bem todo dia.

Espalhe ao redor sua alegria

Através de seu sorriso no olhar

E acredite, muito a sua volta mudará,

Não leia jornais pra agitar o seu dia,

Lembre-se que bondade alivia

De resto tudo que for bom vencerá.

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Famílias emprestadas

Famílias emprestadas 

Mauro Antonio 

Encontro famílias emprestadas 

Nos descaminhos tropeços da estrada,

Abaixo de Deus é o "conta comigo"

As vezes que caio ou preciso.

Encontro famílias emprestadas 

Com a qual posso chorar

Abaixo de Deus é o "com quem contar"

Nesta longa ou curta jornada.

Encontro famílias emprestadas 

Nos caminhos floreios da vida,

São os suportes, as mãos amigas

Que ao longo da estrada

Têm ações boas além de palavras

O registro de positividade ativa.

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De antemão

De antemão 

Mauro Antonio 

O que eu mais gosto em você

É que é capaz de se reerguer

Sem se por a reclamar

Ou a alguém culpabilizar.

Também gosto do seu sorriso

Mesmo quando tudo parece perdido

Você se ergue e agradece a continuar

Sem murmúrios dos que vivem a lamentar.

O que sempre admiro em você

É essa capacidade de permanecer

Firme, fiel na convicção de tudo melhorar

Incentivando outros tantos no viver

Estou certo tudo de bom lhe chegará 

E de antemão lhe sou grato por continuar.

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O sistema e o artista

O sistema e o artista

Mauro Antonio 

O sistema político corrupto estrutural

Aluga a voz, a vez e a mente do artista

E esse pinta e borda nos palcos e pistas

Alheio a qualquer valor cívico ou moral.

O sistema sabe que o artista

Vai repetir sem medo o seu refrão

Pois, não quer perder o tostão

Que o sistema põe em sua forma de vida.

Só que o tempo passa e cobra

Mais que as sutilezas da obra

O que verdadeiramente o artista possui

E não vê ele que o público ávido se renova

Se reeduca e segue o que melhor flui,

Não vê ou esquece que o público evolui.

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Maneira sutil e vulgar

Maneira sutil e bem vulgar 

Mauro Antonio 

Há tantos horrores por aí

Anulação sutil da feminilidade 

Através do mal uso da religiosidade 

Dizem ser tendência a seguir.

Dizem ser mal ver o mal sem reagir ao mal

Feito a sutil anulação da feminilidade 

Através do mal uso da religiosidade 

E quem o faz acha ser assim natural.

Quem dera a mulher despertar

Dos sistemas que a querem dominar

Pregando a anulação da feminilidade 

De maneira sutil e bem vulgar

Traçando uma nova doentia sociedade 

Através do mal uso da religiosidade.

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Navegantes

Navegantes 

Mauro Antonio 

Não. Não estamos no mesmo barco

No máximo no mesmo oceano

Cada um a sua maneira navegando

Em botes, jangadas, iates, peças do casco.

Não estamos sequer no Titanic 

Com suas diferenças de classe 

Uns se amam se maltratam via whatsapp 

Outros não largam o joystick.

Não estamos mesmo no mesmo barco 

Uns sobrevivem em peças do casco

Outros transatlântico, iates, botes

Cada qual rema, puxa pro seu lado,

Navegantes contra a maré de más sortes

Em busca de um sentido, um rumo um norte.

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