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Não abra mão de sua vida
ainda há muito o que fazer,
lembre-se que a missão não finda
nem quando deixamos de viver!
O mundo precisa de nobres guerreiros
e estes são imprescindíveis todos os dias,
lutar é conquista para um século inteiro
para não deixar espaço para covardias!
Não abra mão de sua vida,
lute pelo que acredita,
não deixe de fazer o que é certo
você é mais forte que as feridas
e sabe que lutar é força para o honesto
que vence o mal esteja longe ou perto!

Namastê - Mauro Antonio Evaristo - Quatro Barras. PR: 
Editora Protexto. 2013. vi, 102 p.: 21 cm. Pág.: 98

ISBN:97-885-7828-401-5

Matando-me suavemente com sua canção

Quando ela se pôs a cantar
pedi a Deus para que parasse
não queria ninguém viesse a notar
tudo o que sentia em minha face!

Ela cantava como se soubesse
de cartas que nunca li para ninguém
e mais uma vez pedi numa prece,
não queria que vissem que não estava bem!

Ela ao cantar parecia com sutileza perceber
de sentimentos que nunca deixei transparecer
pois sempre tive reservas com minha emoção,

enquanto eu parado não sabia o que fazer
ela estava ali dedilhando minha vida nas mãos
matando-me suavemente com sua canção!!

Expectativa

Mesmo que não chova
o dia inteiro aqui
importa é que não morra
o que nos faz feliz!

Mesmo que eu não esteja
o dia inteiro ao seu lado
o bom é que eu permaneça
sempre do seu agrado!

Mesmo que o que chova
não dê para molhar o terreiro
o cheiro da terra úmida traz vida

e faz com que o mundo se mova
trazendo alegria e festejo
por ser válida a expectativa!

Quando a chuva cai

Quando a chuva apenas cai
leva tanta coisa embora,
um grito que da garganta sai,
lembranças amargas de outrora!

Os pingos de chuva
levam consigo a dor
de uma antiga amargura
fazendo renascer a flor!

Quando a chuva cai
naquelas noites solitárias
eu sempre estarei aqui

por que meu momento de paz
nesta luta diária
é saber fazê-la sorrir!

Bicho feroz

O céu é só apenas mais uma promessa
e se alguém o recebeu não veio me avisar
enquanto todo dia um sonho novo começa
quem lá esteve não tem como nos contar!
O paraíso é apenas mais um daqueles sonhos
para refrear um instinto destruidor e selvagem
de quem tem e comete atos medonhos
e renega a Deus na própria imagem!
Todos os dias acordo querendo abraçar o nirvana
mas algo insiste em me acordar para a vida
que sempre tem uma dor, mágoa ou ferida
enquanto que o meu freio é crer que alguém me ama
no mesmo instante que para muitos o freio é uma doutrinação
provando que o homem é um bicho feroz que precisa de contenção!

Dias de paz.

Eu não sigo caminhos traçados por ancestrais
que nunca estiveram lá mas deixaram registrado
pergaminhos que orientam para a paz
valor que por eles nunca foi conquistado!

Eu não sigo metas determinada pelos doutores
sem que jamais as seguissem fielmente
tentando impor ao povo valores
nos quais não criam simplesmente!

Eu não sigo pergaminhos ou mapas
de sábios anciãos ancestrais
que jamais se puseram no caminho

e o que souberam aprenderam a tapa
em épocas que nunca existiram dias de paz
e tudo que aprenderam tiveram de fazer sozinhos!

Droga social.

Eu não sou o consumidor inconsciente e voraz
deste ópio barato que me vendem nos telejornais,
tampouco sou frequentador contumaz
das salas de estar ou mesmo os sofás!

Eu não sou do tipo que a tudo aceita e diz amém
aguardando a salvação noticiada no intervalo das novelas
esperando que o santo salvador seja pelo menos alguém
que eu já tenha visto por esta janela!

Eu não sou do tipo que consome esta droga social
só para ter argumentos na roda de amigos
e poder gastar uma verborragia anormal

citando trechos de personagens e capítulos
apenas para parecer um sujeito legal
mas que esconde uma dor por trás do sorriso!

Sentimento profundo.

Passo a vida a buscar
Algo por sobre os oceanos,
Passo feliz a lutar
Pois desta forma te amo!

Não sei o que move o mundo
Mas sei o que move meu coração
E é este sentimento profundo
Que guia a minha razão!

Feliz é o momento
Em que estou contigo
No ardor de minha chama

Pois o meu sentimento
Renasce em teu sorriso
Diante do qual você me ama!

Meu bem.

Oh, Meu bem, se você visse
O quanto que sofro agora
Quem sabe então sentisse
Que não foi por mim que vim embora!

Eu sei que não pode haver
Um caminho para nós dois
Mas tento sem sentido te esquecer
Para chorar em paz depois!

Oh! A dor que trago em mim
É tão profunda e sem fim
Que não sei o que fazer

E sinto que cada vez mais
Morro aos poucos sem paz
Tentando lhe esquecer!