Nosso natural

60% do corpo humano é água,

70% do planeta por ela coberto,

tanta coisa boa, não alimente mágoa, 

cuide melhor do seu cérebro.

7,5 bilhões de pessoas no planeta

por causa de nenhuma se perca,

em breve, inevitável será seu despertar,

prepare-se, é imperativo raciocinar.

Todos temos em nós o poder

de a Deus nitidamente ver,

há tempos já deveria ser natural,

o poder infinito em mim e você 

é nosso legado transcendental,

dorme há milênios na glândula pineal.

Nosso natural

Evaristo, Mauro Antonio.

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GRATIDÃO

Auto lesão

Auto lesão é a pior tatuagem

infringida a um corpo pela dor,

sofrida, doída, desesperada mensagem

não importa onde a pessoa for.

Parem de nos matar,

o preconceito não tem ideologia,

a arma pronta para atirar

só acerta os filhos da periferia.

 Não faça em si auto lesão,

se você precisa gritar 

registrar, dizer que não é não

quem diz de você gostar

sequer merece sua atenção,

faça um B.O., manda se catar.

Auto lesão

Evaristo, Mauro Antonio.

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GRATIDÃO

Batatinha quando nasce

Não tenho poder de fazer Poesia, 

já ela a mim faz todos os dias,

posso vê-la sempre a se destacar

seja num sorriso ou profundo olhar.

Quando alguém me pede poesia

na realidade, pede apenas para rimar,

pois, não posso reter a flor que extasia

na profundidade de um olhar.

Quando pedem a mim poesia

batatinha quando nasce não nasce

brota e espalha a rama pelo chão,

porém, todo dia nova e bela alegria

desperta poetas a espalhar-se

mesmo que, de lá, há deboche e zoação.

Batatinha quando nasce

Evaristo, Mauro Antonio.

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GRATIDÃO

Pior que o vírus

Inimigo voraz, silencioso,

corrói os valores do povo,

capaz de ferir, alienar,

distância não impede de atuar.

Corrosivo físico, moral e mental,

age em prol do pior, mais mal,

age em ambientes limpos

com resultados que fere até no lixo.

Algumas sociedades têm o antídoto

mas, em outras seu mal é recíproco, 

na maioria os sintomas podem enganar,

cabe no geral as populações acordar,

pernicioso pior que o vírus,

no Brasil lacra como político.

Pior que o vírus

Evaristo, Mauro Antonio.

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GRATIDÃO

Vai passar

Vai passar, inevitavelmente tudo passa,

teremos que estar prontos

para uma sociedade sem confrontos,

pra gente que se renova e se abraça.

Vai passar, toda tempestade tem fim,

teremos que reconstruir jardins,

abrir guarda-chuva, paraquedas, coração,

alinhar mente, bom senso, emoção.

Vai passar, os maus já se mostraram,

de ternos, togas se identificaram, 

o povo não ficou em casa em vão,

agora que eles se revelaram

a onda de revolta e punição

virá nos votos da próxima eleição.

Vai passar

Evaristo, Mauro Antonio.

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GRATIDÃO

Bonitona na janela

Tenho afeição a dona bonitona na janela, 

quisera ser o motivo dos sonhos dela,

toda tarde que  eu passo

ao seu sorriso me desfaço.

Muita consideração e respeito

a dona bonitona na janela,

aos seus olhos belo mundo vejo,

bem queria estar nos sonhos dela.

Muita afeição tenho eu

pela dona bonitona na janela, 

queria estar nos sonhos seus,

oferecer buquê de flores a ela,

dizer o quanto viajo nos olhos dela

no verão, outono, inverno, primavera.

Bonitona na janela

Evaristo, Mauro Antonio.

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Impermanência

Por mais doída seja a experiência

faz parte de uma vivência,

a cura de todo o mal, o Amor

ameniza a matriz de todo mal, a dor.

A vida é sempre feita de escolher,

há quem escolha sofrer

embora todo mal seja passageiro,

permanente só o Amor, este verdadeiro.

A única coisa permanente no viver, 

isso qualquer um vai aprender,

a vida é completa impermanência, 

aprenda, apreenda cada experiência,

tenha gratidão a sua vivência,

pois, existe um poder infinito em você.

Impermanência

Evaristo, Mauro Antonio.

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FALA MALANDRO

Ainda existe a boa malandragem,

só não confunda com politicagem,

o malandro gente boa, bom vivant, 

não dorme só para saudar as manhãs.

Ainda roda pelas ruas das Lapas,

Barras Fundas, Capelinha,

amigos de todos, todas as praças,

inteligentes, sutis, não perdem a linha.

Use o bom senso, não faça confusão,

não os confunda com bandidos

nem com a praga social,

malandro é amado em sua região

onde vai faz mais amigos,

logo, malandro não é político marginal.

FALA MALANDRO

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Pessoal

A proximidade delicada a sua boca, 

meu Deus, que coisa louca,

declama Meireles Espanca Drummond,

o hálito doce mesclado ao batom.

O decote sutil e atrevido da blusa,

eu pensando baixo comigo : me usa,

parou, degustou levemente o Bourbon,

ah! Como isto é bom.

Cruzou as pernas enquanto lia,

embarbascado fiquei com tanta poesia,

viajei no momento doce, desigual,

a gente brincava adiando o que já sabia,

o mundo ia e vinha na espiral,

o resto, delicado, fascinante, pessoal.

Pessoal

Evaristo, Mauro Antonio.

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GRATIDÃO