Alvo marcado
Mauro Antonio
Quando a justiça escolhe a quem julgar
O preto sabe que parar correr errado está
Não importa se é de facção ou trabalhador
A bala sempre o escolherá pela cor.
Aqui a justiça tem seus preferidos
E o preto só terá vez se for bandido
E ainda assim olhe lá
Pois, depende do partido que ele apoiar.
Preto neste país é alvo marcado
Se tiver guarda-chuva, furadeira ou microfone
Pois, quem atira não vê profissão nem nome
E assim até outro preto está liberado
Para atirar nele correndo ou parado
Afinal povo dividido é povo dominado.
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